Quais são as principais ferrovias do Brasil?

Apesar do investimento limitado, as ferrovias brasileiras ainda operam com muita eficiência e grande volume de cargas, sendo um dos modais mais importantes para o país. Conheça, agora, as principais ferrovias no Brasil no transporte de cargas e passageiros.

Sobre as ferrovias brasileiras 

As ferrovias brasileiras começaram a ser construídas no Brasil no início do século XIX, na época do Brasil Colônia, e tiveram seu auge entre os anos de 1870 e 1930, quando o país experimentava um momento de ouro na produção do café.

Além de fazer o escoamento de produtos, as ferrovias eram o principal meio de transporte de pessoas da época. 

Com o avanço do transporte rodoviário, os investimentos no segmento caíram bastante, infelizmente, especialmente no que se refere à construção de novas estradas de ferro e manutenção das existentes.

Atualmente, o Brasil tem cerca de 30 mil quilômetros de linhas férreas, um número baixo se levarmos em conta a extensão do país. A importância do modal ferroviário, contudo, não deixou de existir. 

A expectativa é de que sejam criadas e implantadas políticas de melhoria dos serviços, como as citadas no Marco Legal das Ferrovias, essenciais para alavancar o setor.

Principais ferrovias brasileiras de passageiros 

As ferrovias de passageiros realizam o transporte de pessoas, sendo as principais:

Estrada de Ferro Vitória a Minas

Tem uma extensão de 895 km, ligando a região metropolitana de Belo Horizonte à região metropolitana de Grande Vitória, no Espírito Santo. Transporta mais de 1 milhão de pessoas por ano e, em 2022, completou 118 anos de existência.

Estrada de Ferro Carajás

Tem 892 km de extensão e liga a cidade de Carajás, no Pará, à capital do Maranhão,  São Luis. Foi inaugurada em 1985 e transporta cerca de 350 mil passageiros anualmente.

Principais ferrovias brasileiras de cargas 

Em 2021, o transporte ferroviário foi responsável pela movimentação de mais de 500 milhões de toneladas úteis, 3,6% acima do ano anterior. Conheça as principais ferrovias de cargas do Brasil:

Ferrovia Nova Transnordestina

Criada para ser a maior malha ferroviária do país, a Transnordestina tem 1.753 km de extensão e ainda está em construção. Em 2021, foi responsável pelo transporte de quase 3 milhões de toneladas de cargas.

Ferrovia Norte-Sul

Criada em 1987, a Ferrovia Norte-Sul corta os estados de São Paulo, Goiás, Tocantins e Maranhão, sendo uma das mais importantes do país na movimentação de mercadorias. Após a conclusão, estima-se que terá uma extensão total de 4.155 km.

Ferrovia do Pantanal

A ferrovia liga os estados de São Paulo e Mato Grosso do Sul e ainda está em fase de construção. Será responsável pelo escoamento de produtos agrícolas produzidos em grande escala pela região, como açúcar, milho e soja.

Ferrovia do Aço

Criada em 1973, a também chamada “ferrovia dos 1000 dias” faz a ligação entre Minas Gerais e Rio de Janeiro realizando o transporte de minério de ferro. Dos mais de 100 túneis existentes, ganha destaque o maior deles, com 8,6 km de extensão.

Ferrovia São Luís–Teresina

É uma das principais ferrovias do Maranhão, com 454 km de extensão. Foi inaugurada em 1921 e continua em pleno funcionamento auxiliando no escoamento de insumos diversos.

Estrada de Ferro de Carajás

Além de passageiros, a Estrada de Ferro de Carajás também transporta carga, chegando ao total de 120 milhões de toneladas por ano.

Estrada de Ferro Vitória a Minas

A ferrovia é responsável pelo transporte de carga entre as cidades de Belo Horizonte e Vitória em um trajeto com 13 horas de duração.

Estrada de Ferro Paraná Oeste

Conhecida como Ferroeste, a ferrovia atua dentro do Paraná, com 248,6 km de extensão. Foi construída em 1991 e ficou conhecida como a ferrovia da soja por ter facilitado o transporte do grão.

Previsões para o transporte de cargas nas ferrovias brasileiras 

Para o futuro, as expectativas para o transporte de cargas são positivas, especialmente com os investimentos facilitados pelo Marco Legal das Ferrovias, que reforçou a importância e a necessidade da valorização do modal ferroviário no país.

Com as novas autorizações concedidas às empresas interessadas, o Governo Federal estima que sejam injetados mais de R$ 180 bilhões no setor. 

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