Transporte de cargas

O transporte fluvial de cargas no Brasil

O transporte fluvial de cargas no Brasil

O transporte fluvial de cargas, apesar de ser altamente utilizado por grandes nações no mundo como China e Rússia, no Brasil tem seu potencial praticamente ignorado pelo governo. 

Segundo um estudo realizado pela Confederação Nacional do Transporte (CNT), o Brasil utiliza apenas um terço dos 63 mil km navegáveis dos rios, ou seja, 19 mil km, o que representa 30,9% da malha hidroviária para o transporte comercial (de cargas e passageiros). Esses dados demonstram que somente 5% da movimentação de cargas é feita através dos rios. 

Isso deve-se ao baixo investimento do Governo Federal no setor, que no período de 2009 a 2018 diminuiu a aplicação de capital financeiro em 80% chegando a R$173,70 milhões. Sendo que, segundo a CNT, o recurso mínimo necessário para potencializar o transporte fluvial no país seria de R$166,4 bilhões, em 367 projetos. 

O que é transporte fluvial?

Esclarecendo o que é um transporte fluvial, é um meio de transporte que utiliza barcos, navios ou balsas para se deslocar sobre rios, lagos e canais artificiais. 

Ele também é conhecido como transporte hidroviário, pois as vias de navegação são chamadas de hidrovias. 

Vale ressaltar que nem todo rio pode ser uma hidrovia, devido a problemas hidrográficos como quedas, cachoeiras, desníveis, ou até pelos períodos de estiagem em que o nível de água dos rios caem muito, impossibilitando o transporte de carga.

Dificuldades enfrentadas pelo setor de transporte fluvial

Com a falta de recursos necessários, o transporte hidroviário sofre com problemas de falta de infraestrutura. 

Uma reportagem realizada pelo jornal Correio Braziliense mostra que, em Manaus, por exemplo, não é difícil encontrar balsas enferrujadas, condições de acesso à embarcação precárias (realizados através de tábuas e sem nenhuma segurança e barcos com buracos na estrutura), o que resulta em pés embaixo d’água.

Por que investir em transporte hidroviário?

Mesmo com todo o descaso, o transporte fluvial brasileiro tem demonstrado toda a capacidade de ser um fator primordial para o desenvolvimento da economia do país. De 2010 a 2018, o volume de cargas transportadas pelo modal hidroviário cresceu 34,8%, passando de 75,3 milhões de toneladas para cerca de 101,5 milhões por ano.

E o potencial econômico não é o único benefício desse meio de transporte. Outras vantagens são:

Maior capacidade de transporte

Segundo a CNT, o investimento no transporte fluvial reduziria o fluxo e a pressão existente sobre as rodovias do país. Isso porque, o hidroviário possui uma capacidade de carregamento de carga muito maior que o rodoviário, onde quatro barcas equivalem a 160 carretas, segundo Raimundo Holanda, vice-presidente da CNT. 

E de acordo com estimativas da Agência Nacional de Transportes Aquaviários (ANTAQ), as hidrovias brasileiras têm potencial de aumentar o volume que é transportado hoje em pelo menos 4 vezes. Atualmente são 45 milhões de toneladas, número que poderia chegar a 180 milhões.

Redução de custos

Essa capacidade de transporte maior do que a das carretas geraria uma diminuição significativa no preço do frete, que é 60% menor do que o rodoviário e 30% mais barato que o transporte ferroviário. 

De acordo com o Ipea, transportar 1 tonelada de carga por 1.000 quilômetros de um rio custa no Brasil, em média, 45 reais — a metade do custo do transporte rodoviário e 25% a menos do que o ferroviário.

Menor consumo de energia e de emissão de poluentes

O transporte hidroviário polui bem menos em comparação ao rodoviário e o ferroviário, pois produz uma quantidade menor de gases tóxicos. 

Conforme Antônio Guerra, superintendente de apoio ao Conselho de Coordenação de Programas e Projetos Estratégicos (Coppe), da Secretaria de Estado do Planejamento e da Modernização da Gestão Pública (Seplan), o transporte fluvial apresenta eficiência energética (relação carga/potência) 29 vezes superior, um consumo de combustível 19 vezes menor, além de emitir 6 vezes menos CO2 e 18 vezes menos NOx se comparado com o transporte rodoviário. 

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